Com avanço da vacinação, mortes por Covid no Brasil caem 77% desde junho

No dia 13 de junho, o Brasil registrou 1.999 mortes na média móvel de sete dias. Nesta segunda-feira (13), a média móvel ficou em 465 óbitos.

Foto: Divulgação

Com o avanço da vacinação no Brasil, as mortes por Covid caíram mais de 70% desde junho.

Evitar mortes, a missão mais importante das vacinas contra a Covid. E um levantamento da Universidade de Oxford, no Reino Unido, mostra que os óbitos causados pela doença no Brasil caíram 77% nos últimos três meses.

No dia 13 de junho, o Brasil registrou 1.999 mortes na média móvel de sete dias, era o segundo país onde mais se morria de Covid, atrás apenas da Índia, com média móvel de 3.588 mortes.

Os últimos dados disponibilizados pela universidade são de segunda-feira (13). O Brasil teve 465 mortes, na média móvel de sete dias, e caiu para a quinta posição do ranking. Enquanto isso, o índice de vacinação completo da população, saltou de 11% para 34%.

Paola Minoprio, diretora da plataforma científica Pasteur, da USP, diz que a explicação está aí.

“O que mostra para gente muito claramente é que a campanha de vacinação que nós estamos fazendo, não só o Brasil, mas o mundo, tem funcionado. Ou seja, as vacinas que estão sendo aplicadas, quaisquer que elas sejam, nos protegem contra ter uma infecção grave, severa, e, com isso diminui o número de mortes”, afirma.

O levantamento também mostra que nos Estados Unidos a situação é inversa. O país voltou ao topo do ranking de mortes provocadas pela Covid.

Natalia Pasternak, do Instituto Questão de Ciência, diz que, mais uma vez, o motivo está na vacinação.

“Os Estados Unidos passam por situação muito peculiar e muito triste. Sobram vacinas, mas existe recusa de grande parte da população em se vacinar, principalmente em alguns estados americanos”, explica.

Mas atenção: a queda nos números da Covid não dá passe livre para ninguém. Todos os brasileiros, inclusive os que já completaram o esquema de vacinação, precisam continuar firmes no uso da máscara e nas medidas de higiene e distanciamento social.

“A circulação do vírus é obvio, ainda durante um bom período ainda vamos usar as máscaras. E é tudo uma questão de bom senso. Se não há circulação de vírus, não há novas variantes. Se nós usamos máscara, protegemos contra a circulação do vírus”, diz Paola Minoprio.

As especialistas também afirmam que, agora, é fundamental que a vacinação avançar de forma constante e rápida.

“Se a gente não vacina com a segunda dose. Se tem grande inadimplência de segunda dose, seja por causa de pessoas que não voltaram para se vacinar ou porque não temos doses em número suficiente para oferecer, para vacinar rapidamente com a segunda dose, então a gente corre o risco dessa variante delta se espalhar mais, e da gente ter reversão desse quadro positivo que a gente está observando agora”, afirma Natalia Pasternak.

Informações G1


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