Fux se manifestará sobre atos do 7 de setembro na abertura da sessão do Supremo nesta quarta

Bolsonaro fez ameaças golpistas ao Supremo Tribunal Federal e ao ministro Alexandre de Moraes durante discursos para manifestantes nesta terça (7) em Brasília e em São Paulo.

Foto: Divulgação

O Supremo Tribunal Federal (STF) informou que seu presidente, o ministro Luiz Fux, se manifestará nesta quarta-feira (8), na abertura da sessão da Corte, sobre os atos do 7 de setembro.

Em discursos para manifestantes nesta terça-feira (7) em Brasília e em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro fez ameaças golpistas ao Supremo e a integrantes da Corte, em especial ao ministro Alexandre de Moraes.

Bolsonaro afirmou que não vai mais cumprir as decisões de Moraes e defendeu o "enquadramento" do ministro. "Ou esse ministro [Alexandre de Moraes] se enquadra ou ele pede para sair. Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas turve a nossa liberdade. Dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir, tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos. Sai, Alexandre de Moraes", afirmou o presidente em São Paulo.

Mais cedo, em Brasília, sem citar nominalmente Moraes, Bolsonaro disse que ou o ministro se "enquadra" ou "esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos".

"Não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica da região dos três poderes continue barbarizando a nossa população. Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil. Ou o chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos", disse o presidente.

Alexandre de Moraes incluiu Bolsonaro no inquérito das fake news, que apura a divulgação de informações falsas. A decisão do ministro atendeu a um pedido aprovado por unanimidade pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesta segunda (6), em outro inquérito, Moraes determinou prisões e buscas e apreensões contra envolvidos em atos antidemocráticos.

Ainda, durante seus dicursos nesta terça (7), Bolsonaro também voltou a pedir o voto impresso e criticou o presidente do TSE, sem mencionar o nome de Luís Roberto Barroso.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso foi arquivada na Câmara dos Deputados em agosto, após ter o apoio de apenas 229 deputados, enquanto precisava de, no mínimo, 308 votos.

"Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança; em uma ocasião das eleições. Dizer também que não é uma pessoa no Tribunal Superior Eleitoral que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável", afirmou Bolsonaro em São Paulo.

O presidente atacou, ainda, governadores e prefeitos que seguiram a ciência e determinaram o isolamento social como medida para evitar a propagação do coronavírus.

Informações G1


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