Otorrinolaringologista explica impacto da chegada do inverno nas alergias e doenças respiratórias

Além do clima, as tradicionais fogueiras do período junino também são fatos que influenciam no agravamento das infecções respiratórias já existentes.

Foto: B�rbara Barreto/Bom Dia Feira

Na próxima segunda-feira (21), o outono sai de cena e se inicia o inverno. A estação mais fria do ano chega ocasionando alguns impactos na saúde do indivíduo, como o aumento das ocorrências de alergias e doenças respiratórias.  

Ao Bom Dia Feira, na manhã desta quarta-feira (16), o médico otorrinolaringologista, Dr. Artur Grinfeld, falou sobre o assunto e detalhou as particularidades das patologias mais frequentes nesta época do ano.

'A gripe vão ser sintomas mais fortes, vamos nos sentir mais cansados porque ela é causada pelo vírus, ela é auto limitada, vai durar de quatro a dez dias e a pessoa toma o que chamamos de sintomáticos, de acordo com a orientação médica, já um resfriado pode advir de uma resposta a uma troca de temperatura', diz.

Além do clima, as tradicionais fogueiras do período junino também são fatos que influenciam no agravamento das infecções respiratórias já existentes.

'Vemos na prática médica nos consultórios, todos os anos, danos causados pela fumaça do que chamamos de radical livre. Por exemplo, se eu estou aqui conversando com você e sai uma poeira do ar-condicionado, tocou no meu nariz, não deflagra nenhuma reação inflamatória porque, por algum motivo, eu não tenho essa inflamação, mas outras pessoas podem ter. Então essa reação, que chamamos de rinite, pode ser potencializada pelo aumento da quantidade de fumaças que são as fogueiras do nosso São João, quem tem essa tipo de propensão, que se mantenham mais distante, mas procure seu médico para se prevenir, uma dica é ter soro fisiológico sempre no bolso, a atitude de lavar o nariz pode prevenir vários tipos de doença', explica o otorrinolaringologista.

De acordo com o doutor, as realizações de rinoplastias e demais cirurgias plástica na face não são influenciadas pela estação climatológica. 

'A gente mora em um lugar tropical, a variação de temperatura na Bahia, no Nordeste em si não é tão grande ao ponto de que a gente diga que a pessoa operar no inverno e no verão, vá fazer tanta diferença, o que a gente observa é que o inchaço é menor em locais mais frios, mas não há uma relação direta', diz.

Em contrapartida a este aumento, casos de amigdalite, por exemplo, vem apresentando números mais baixos durante a pandemia, principalmente em função da restrição das aglomerações.  

'A amigdalite é transmitida basicamente feito a Covid, no contato, aquela famosa doença do beijo, quando a gente tem as festas que a gente tanto quer voltar, elas são advindas muito disso aí. Como as pessoas estão mais reservadas, acredito que isso não vá ser um grande problema para a gente aqui em Feira não', conta Grinfeld.

Assista a entrevista na íntegra: 

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