Além do clima, as tradicionais fogueiras do período junino também são fatos que influenciam no agravamento das infecções respiratórias já existentes.
Na próxima segunda-feira (21), o outono sai de cena e se
inicia o inverno. A estação mais fria do ano chega ocasionando alguns impactos
na saúde do indivíduo, como o aumento das ocorrências de alergias e doenças
respiratórias.
Ao Bom Dia Feira, na manhã desta quarta-feira (16), o médico
otorrinolaringologista, Dr. Artur Grinfeld, falou sobre o assunto e detalhou as
particularidades das patologias mais frequentes nesta época do ano.
'A gripe vão ser sintomas mais fortes, vamos nos sentir mais
cansados porque ela é causada pelo vírus, ela é auto limitada, vai durar de
quatro a dez dias e a pessoa toma o que chamamos de sintomáticos, de acordo com
a orientação médica, já um resfriado pode advir de uma resposta a uma troca de
temperatura', diz.
Além do clima, as tradicionais fogueiras do período junino também
são fatos que influenciam no agravamento das infecções respiratórias já
existentes.
'Vemos na prática médica nos consultórios, todos os anos, danos
causados pela fumaça do que chamamos de radical livre. Por exemplo, se eu estou
aqui conversando com você e sai uma poeira do ar-condicionado, tocou no meu nariz,
não deflagra nenhuma reação inflamatória porque, por algum motivo, eu não tenho
essa inflamação, mas outras pessoas podem ter. Então essa reação, que chamamos
de rinite, pode ser potencializada pelo aumento da quantidade de fumaças que
são as fogueiras do nosso São João, quem tem essa tipo de propensão, que se
mantenham mais distante, mas procure seu médico para se prevenir, uma dica é
ter soro fisiológico sempre no bolso, a atitude de lavar o nariz pode prevenir vários
tipos de doença', explica o otorrinolaringologista.
De acordo com o doutor, as realizações de rinoplastias e demais cirurgias plástica na face não são influenciadas pela estação climatológica.
'A gente mora em um lugar tropical, a variação de
temperatura na Bahia, no Nordeste em si não é tão grande ao ponto de que a
gente diga que a pessoa operar no inverno e no verão, vá fazer tanta diferença,
o que a gente observa é que o inchaço é menor em locais mais frios, mas não há
uma relação direta', diz.
Em contrapartida a este aumento, casos de amigdalite, por
exemplo, vem apresentando números mais baixos durante a pandemia, principalmente
em função da restrição das aglomerações.
'A amigdalite é transmitida basicamente feito a Covid, no
contato, aquela famosa doença do beijo, quando a gente tem as festas que a
gente tanto quer voltar, elas são advindas muito disso aí. Como as pessoas estão
mais reservadas, acredito que isso não vá ser um grande problema para a gente
aqui em Feira não', conta Grinfeld.
Assista a entrevista na íntegra:
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