Mundo chega a 3 milhões de mortes por Covid com piora da pandemia na América do Sul

Puxada pelo Brasil, região passou a Europa e é que a que mais registra óbitos por dia. Países sul-americanos têm 5,5% da população mundial e concentram 1/3 das vítimas atualmente.

Foto: Divulga��o

O mundo chegou neste sábado (17) à triste marca de 3 milhões de mortes causadas pela Covid-19, em meio à piora da pandemia na América do Sul, principalmente por causa do Brasil, e também pela aceleração no número de óbitos na Ásia.

Com 5,5% da população mundial, a América do Sul concentra cerca de um terço das novas vítimas do novo coronavírus atualmente. O Brasil tem cerca de 2,7% dos habitantes do mundo e é responsável por cerca de um quarto de todas as novas mortes.

A primeira morte causada pelo novo coronavírus (um homem de 61 anos com uma "misteriosa pneumonia viral") foi registrada oficialmente em 9 de janeiro de 2020 em Wuhan, na China, e desde então o vírus se espalhou pelo mundo.

Foram 263 dias até o mundo chegar à marca de 1 milhão de vítimas da Covid, 109 dias para chegar aos 2 milhões de óbitos e apenas 92 dias (93 se for no domingo) para chegar aos 3 milhões.

9 de janeiro de 2020: 1ª morte
28 de setembro de 2020: 1 milhão de mortes (263 dias desde a 1ª morte)
15 de janeiro de 2021: 2 milhões (109 dias desde o 1º milhão de mortes)
17 ou 18 de abril de 2021: 3 milhões: (92/93 dias desde os 2 milhões)

A Europa é a região mais afetada pela pandemia, com quase um milhão de mortes por Covid-19, seguida pela América do Norte e América do Sul. Os números são do "Our World in Data", projeto ligado à Universidade de Oxford, e da Universidade Johns Hopkins.

Europa: 968 mil (32,3% do total de óbitos do mundo)
América do Norte: 829 mil (27,6%)
América do Sul: 611 mil (20,4%)
Ásia: 458 mil (15,3%)
África: 117 mil (3,9%)
Oceania: 1 mil (0,03%)

Entre os dez países com mais mortes por Covid-19, 5 são da Europa (Reino Unido, Itália, França, Alemanha e Espanha), 2 são da América do Norte (EUA e México), 2 são da Ásia (Índia e Rússia) e 1 é da América do Sul (Brasil):

Estados Unidos: 566 mil
Brasil: 368 mil
México: 211 mil
Índia: 175 mil
Reino Unido: 127 mil
Itália: 116 mil
Rússia: 103 mil
França: 100 mil
Alemanha: 79 mil
Espanha: 76 mil

Região mais populosa do mundo, com 59,6% dos habitantes do planeta, a Ásia tem apenas 15,3% dos óbitos, mas está passando por uma aceleração no número de mortes. O número de vítimas saltou de uma média de 900 por dia no começo de março para mais de 2,3 mil atualmente.

A África tem menos de 4% das mortes por Covid-19 confirmadas e a Oceania, região menos afetada pelo vírus, tem pouco mais de 1 mil mortes desde o início da pandemia.

Apesar de serem as regiões mais afetadas (em número absolutos), Europa e América do Norte viram o número de óbitos recuarem desde o pico registrado em janeiro. Enquanto isso, a América do Sul, puxada pelo Brasil, se transformou na região na mais letal da pandemia.

O número diário de vítimas na Europa caiu de uma média de 5,6 mil por dia no fim de janeiro para cerca de 3,6 mil atualmente. O da América do Norte despencou de 4,9 mil para 1,5 mil na mesma base de comparação.

No sentido contrário, o número diário de mortes na América do Sul disparou de 1,7 mil no meio de fevereiro para mais de 4,2 mil atualmente em apenas dois meses. O Brasil é responsável por mais de 70% dos novos óbitos registrados na região.

Com a escalada da pandemia no Brasil, a região concentra atualmente cerca de um terço das novas vítimas da Covid-19 do mundo e o país, um quarto. Sendo que a América do Sul tem apenas 5,5% da população mundial e o Brasil, cerca de 2,7%.

A Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), que é o braço da OMS nas Américas, alertou que a situação da pandemia na América do Sul é a que mais preocupa no mundo (veja no vídeo abaixo).

A diretora-geral da Opas, Carissa Etienne, afirmou na quarta-feira (14) que as Américas — não só a do Sul — não estão se comportando como um continente que vive um surto cada vez mais grave.

"Variantes altamente transmissíveis estão se espalhando e as medidas de distanciamento social não são tão estritamente observadas como antes", afirmou Etienne.


Informações G1

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