Na mensagem de Páscoa, Papa pede que vacinas contra Covid-19 sejam distribuídas a países pobres

Pontífice rezou pelos profissionais de saúde, doentes, desempregados e pessoas que perderam entes queridos. Ele também disse que a persistência dos conflitos armados mesmo durante a pandemia é algo 'escandaloso'.

Foto: Filippo Monteforte

Em um pronunciamento antes da bênção de Páscoa (Urbi et Orbi) deste domingo (4), o Papa Francisco pediu que as vacinas contra a Covid-19 sejam compartilhadas com os países pobres.

"No espírito de um 'internacionalismo das vacinas', convoco toda a comunidade internacional ao compromisso de superar as desigualdades na distribuição [das doses] e a de promover a partilha [delas], especialmente às nações mais pobres", afirmou o pontífice, na basílica de São Pedro, no Vaticano.

Ele pediu que Deus conforte os doentes, os que perderam pessoas amadas e os desempregados. Também clamou às autoridades que proporcionem às famílias necessitadas um "sustento decente".

Em seguida, o papa orou pelos médicos e falou sobre as crianças e jovens que não podem ir à escola, por causa da pandemia. Todos devem combater a Covid-19, disse.

O papa Francisco também criticou a continuidade das guerras e das disputas armamentistas mesmo durante a pandemia.

"A crise social e econômica é muito grave, especialmente para os mais pobres, e, apesar de tudo (e isso é escandaloso), os conflitos armados não cessam, e os arsenais militares são reforçados", declarou.

"Há ainda muitas guerras e muita violência no mundo! Que Deus, que é a nossa paz, ajude-nos a superar a mentalidade da guerra."

Francisco mencionou algumas áreas que vivem conflitos armados, como Mianmar, onde 500 manifestantes foram mortos desde o início de fevereiro. Discursou também sobre os conflitos no Iêmen e no continente africano.

Sobre a guerra entre israelenses e palestinos, o papa desejou que o poder do diálogo seja redescoberto para encontrar uma solução que traga paz e prosperidade a ambos os lados.

Pelo segundo ano seguido, o Papa Francisco faz seu pronunciamento de Páscoa sem a presença de fiéis. Por causa da pandemia, apenas poucos policiais assistiram presencialmente ao ritual.

O Vaticano está no terceiro dia seguido de lockdown.


Informações G1

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