Há um ano, em um 6 de março como hoje, Feira de Santana confirmava o primeiro caso de Covid-19 do estado da Bahia. A partir daí foram 23 dias para os primeiros dez casos da doença que hoje já infectou 26.410 de feirenses.
Há um ano, em um 6 de março como hoje, Feira de Santana
confirmava o primeiro caso de Covid-19 do estado da Bahia. A primeira infectada
era uma feirense de 34 anos que contraiu o vírus em uma viagem à Itália. Até então, apenas nove casos da doença estavam confirmados no Brasil e a
Bahia se tornava o quarto estado com casos positivos.
Em entrevista ao Bom Dia Feira, na manhã deste sábado (06),
o prefeito Colbert Martins Filho relembrou o início da pandemia que passaria a
afetar diretamente a vida de todos os feirenses.
'Há um ano, eu fui abordado por volta das 6h da manhã por
Reni Alves, que é rádio escuta, dizendo ter ouvido, na Rádio Sociedade da
Bahia, a leitura de um tuite do secretário de Saúde da Bahia que estava em
Cuba, informando a confirmação do primeiro caso de Covid-19 em Feira. Eu fiquei
atordoado, não sabíamos de nada, entrei em contato com a secretária de Saúde
Municipal, na época Denise Mascarenhas, que também não sabia de nada. A partir
daí, veio uma equipe da secretaria e a partir das 11h, a nossa equipe de
Vigilância Epidemiológica passou a acompanhar e identificar os contatos dessa
pessoa', conta.
A partir daí foram 23 dias para os primeiros dez casos da
doença que hoje já infectou 26.410 de feirenses. Um mês após o primeiro
caso, a cidade já contava com transmissão comunitária e em 18 de abril de 2020 teve
a confirmação da primeira morte em decorrência da doença que já vitimou 469
pessoas na cidade.
'Ao finalizar o mês de março do ano passado, já com um
número de casos que foram aumentando no mês inteiro, começamos a nos preocupar
em fazer o Hospital de Campanha que ficou pronto em 45 anos e no dia 20 de
maio, assinamos o primeiro contrato com a empresa licitada que atual até hoje, eram
dez leitos na época e agora 18 leitos de UTI e 35 dos clínicos', relembra
Colbert sobre a abertura do Hospital Municipal de Campanha que ocorreu em 04 de
junho do ano passado.
Atualmente, diante da alta dos casos, em um dos piores
momentos da pandemia no estado, os leitos na unidade devem ser ampliados.
'Estamos num momento extremamente difícil, complicado,
apesar da vacina ter chegado em 18 de janeiro, essas dificuldades todas mostram
que precisamos ter cuidado com o aumento grave no número de casos e a presença
de variantes da doença. Como não recebemos recurso nenhum em janeiro e
fevereiro, quem está bancando tudo é a prefeitura, queremos ampliar em cinco
leitos no hospital de campanha e estou pedindo para que o estado amplie os
leitos também no HGCA, tem 14 leitos clínicos, é preciso aumentar, uma vez que
atende a quase 128 municípios e não só a Feira de Santana', diz o prefeito.
Além da crise sanitária causada pelo cenário atípico da
pandemia, dificuldades econômicas atingiram os mais diversos setores comerciais
da sociedade. Em Feira de Santana, o comércio foi fechado pela primeira vez em
21 de março, tendo decretos municipais que flexibilizavam a reabertura.
'As dificuldades econômicas aconteceram em decorrência das
mudanças dos hábitos e consequências da epidemia, os países que agiram como a
China, onde os primeiros casos surgiram, de forma enérgica, hoje estão com a
economia normal, a Itália que agiu de forma dura no início, está voltando
também. É um reflexo diferente onde temos que avaliar como pode ser superado',
pontuou Colbert.
Para ele, o objetivo e única alternativa agora é a vacinação
em massa que foi iniciada na cidade no último dia 19 de janeiro. Até o momento,
26.321 pessoas foram imunizadas.
'Eu estou pronto para comprar vacinas, um consórcio de
município do Brasil, no qual Feira de Santana faz parte, está esperando que a
lei seja sancionada pelo presidente, mas todos entendemos que esse é o maior
investimento em vidas, é o investimento em vacinas que reduz o grau de
infecções, diminui a gravidade e internações, além das mortes. Nesse momento é
vacinar em grande quantidade para derrotar o vírus e retornar a vida normal', afirma.
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