Biden anuncia plano para conter a pandemia de Covid-19 nos EUA; viajantes vão cumprir quarentena

Quem embarcar rumo aos EUA precisará apresentar também teste negativo para o coronavírus. Novo presidente admitiu que a situação vai piorar antes de melhorar.

Foto: Jonathan Ernst

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou nesta quinta-feira (21) a estratégia nacional de combate do novo governo à Covid-19. O país registra mais de 400 mil vítimas do coronavírus e vem encontrando dificuldades para distribuir as vacinas.

"As coisas vão continuar piorando antes de melhorar", admitiu Biden, que estimou que os EUA cheguem a 500 mil mortes no próximo mês. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, o país é o mais atingido pelo coronavírus em números absolutos de mortes e de casos.

"Mas deixem-me ser bem claro: nós vamos superar a pandemia", disse.

Veja algumas das medidas assinadas pelo governo Biden

Viajantes — para entrar nos EUA, pessoas que viajarem ao país a partir do exterior deverão apresentar um teste negativo para o coronavírus e fazer quarentena durante a chegada.

Máscaras — obrigatória em locais públicos federais e em meios de transportes: aviões, ônibus que fazem viagens entre cidades, navios, trens e transportes públicos. A medida vale também para aeroportos.

Vacinas — acelerar a vacinação até chegar a 100 milhões de pessoas imunizadas no país em 100 dias, ou seja, até 1º de maio.

Escolas — a Agência Federal de Administração de Emergências (Fema, na sigla em inglês) traçará diretrizes para reabrir unidades de ensino. A ideia é reabrir a maioria até maio.

Produção — agências governamentais poderão usar o Ato de Defesa da Produção, dispositivo de guerra que retira barreiras para que o governo requisite suprimentos de fábricas privadas. A medida foi usada no governo Trump.

Durante o anúncio desta quinta, Biden criticou a gestão do ex-presidente Donald Trump na pandemia e disse que o governo anterior não dava sinalizações confiáveis sobre o combate à Covid-19. O republicano deixou o cargo na quarta, e, segundo a imprensa americana, deixou um plano de vacinação bastante falho — há risco de faltar doses de vacinas.

Não houve, nesta quinta, nenhum anúncio sobre a proibição de entrada de viajantes provenientes de países como o Brasil. A medida imposta no primeiro semestre de 2020 foi retirada pelo governo Trump às vésperas de ele deixar o cargo. No entanto, logo em seguida, a equipe de Biden disse que não voltaria atrás nas restrições.

Em coletiva nesta quinta, o infectologista Anthony Fauci, principal consultor da Casa Branca, disse que acredita que as infecções pelo coronavírus se aproximam de um platô — ou seja, um número diário de novos casos e mortes pela doença, mas em um patamar estável, sem cair nem subir muito.

Segundo Fauci, é possível que a vida nos EUA retorne a algum grau de normalidade no segundo semestre, principalmente depois de setembro, se a cobertura vacinal contra a Covid-19 nos EUA chegar a 70% ou 80%. A ideia do governo, disse ele, é reforçar a produção das vacinas para garantir esse quadro.

Fauci foi criticado pelo então presidente Trump em diversos momentos no ano passado, como no episódio em que o republicano defendia o uso de medicamentos não indicados para o coronavírus mesmo com as advertências do especialista médico.


Informações G1

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