Eleições 2020: Orlando Andrade, candidato a prefeito de Feira de Santana pelo PCO

Foto: Arquivo Pessoal

A cobertura especial das Eleições 2020 promovida pelo Bom Dia Feira segue realizando entrevistas com os nove prefeituráveis de Feira de Santana. Nesta segunda-feira (19), o entrevistado foi Orlando Andrade, candidato a prefeito de Feira pelo partido PCO. 

Orlando tem 35 anos, é feirense, morador do bairro Rua Nova, e participa do pleito municipal a fim de organizar a classe trabalhadora e divulgar o programa partidário do partido. 

‘Nós do partido da classe operária fazemos partido em todos os 365 dias e não dá pra ficar de fora nas eleições’, afirma. 

No que diz respeito a economia em Feira de Santana, Orlando destacou a defesa da proporcionalidade entre trabalho exercido e salário recebido entre os trabalhadores, defendendo a diferenciação de classe. 

‘Defendemos a redução da jornada de trabalho para 36h semanais sem redução de salário, escalonamento do horário de trabalho para que se trabalhe menos e assim, todos trabalhem. A questão salarial no Brasil é muito baixa, os brasileiros são os que tem um dos menores salários na América Latina, a questão não é econômica e sim de interesse de classe. É só reduzir a taxa de lucro do empresário, do patrão e dar oportunidade do trabalhador viver bem porque no Brasil, a cada dia que passa, o trabalhador ganha menos e trabalha mais. A questão de classe foi muito abandonada pelos partidos, temos que compreender que existem pessoas que sobrevivem do suor do trabalho e outras que sobrevivem do suor e do trabalho de outras, as pessoas têm que entender que classe elas pertencem e assim lutar para sua sobrevivência, relata. 

Vivendo um dos maiores problemas sanitários, em meio a pandemia. Orlando defende o SUS. 

‘Tem uma lei de 2018 de teto de gastos que congelaram por 20 anos o investimento em educação e saúde, só aí a gente sabe a bomba que isso vai gerar. Temos que defender o SUS, existe uma tentativa de destruição do SUS e nós defendemos o SUS, se não fosse isso na pandemia, não sei nem o que seria dos pobres, a gente teria que acumular cadáveres no meio da rua, o que a gente quer é tornar o SUS cada vez mais público e não atender a demandas de empresários da área de saúde porque as vezes o SUS serve de cabide para empresas’, relata. 

O setor educacional é um dos mais prejudicados com os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Sem aulas presenciais desde o mês de março, em Feira de Santana, o candidato afirma que a educação na cidade é ‘lamentável’ e não apoia a retomada do ensino presencial antes da existência de uma vacina contra a Covid-19. 

‘Um ano se perde, dois anos de aula que se perde, se recupera, mas uma vida não se recupera. Quando você expõe uma criança, não é só ela que está exposta, ela vai ser contaminada, vai levar doença pra casa e contaminar os de risco. A gente não quer o genocídio das nossas crianças. Estão destruindo a educação pública para valorizar a questão privada. Em Feira de Santana tem cooperativas que são entregues a associações que a gente sabe como funciona e não é que eu seja contra estagiários, mas a prefeitura contrata um estagiário, paga menos e bota para assumir sala de aula, estagiário tem que ser contratado sim, tem que passar pelo processo sim, mas tem que ajudar e contribuir, não tem condições de assumir sala. Outro ponto são as lotações das salas de aula, a gente defende a criação de mais creches e escolas públicas sem passar por cooperativas e associações, tem condições e tem que ser feito’, diz. 


Assista a entrevista completa: 


PMFS - Micareta 05

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