Legados à vista

Foto: Divulgação

A pandemia do novo coronavírus já começa a mostrar os seus legados. Um deles é o delivery. Quem já trabalhava nesse setor, teve que aumentar a sua estrutura de pessoal (ou até física) para atender uma demanda bem maior, e quem não trabalhava, precisou se virar para passar a atender por essa modalidade também. Além dos restaurantes, não tem sido raro ver anúncios de lojas de roupas que estão passando a atender em domicílio, supermercados que estão entregando em casa (com compras on-line), e até concessionárias de veículos. É isso mesmo. Por mais incrível que possa parecer, aqui em Feira de Santana tem concessionária que tem levado o carro na casa do cliente para que ele possa fazer o test-drive. Sem dúvida, comercialmente falando, o atendimento personalizado é o maior dos legados.

Sob o ponto de vista empresarial, o home office é um outro legado. Com a necessidade de isolamento social e de evitar aglomerações, muitas empresas foram obrigadas a inserir esse formato de trabalho ao seu dia-a-dia. Resultado: em muitos casos, notou-se que, a depender do setor, economizar tempo de deslocamento até o trabalho (principalmente nos grandes centros), na saída para o almoço e no retorno para casa, pode se refletir em uma produtividade maior, além de economia financeira (pessoal ou empresarial) com o transporte e/ou combustível. Notou-se também que a tecnologia ajuda e muito nesse processo e que ela pode ser muito melhor utilizada do que vinha sendo. Muitas empresas já cogitam levar o home office para o pós-pandemia.

Já sob o ponto de vista pessoal, o legado mais claro é de que aprendemos a dar valor às pequenas coisas da vida. Até quem já tinha o hábito de ficar mais em casa, tem sentido falta de fazer isso por opção, e não por obrigação. Saber que estar distante do outro é um sinal de responsabilidade dá um peso muito grande à situação, e quando isso tudo passar, certamente daremos mais valor ao contato mais próximo, assim como, estaremos mais seletivos quanto a quem permitimos chegar mais próximo da gente.

Outro legado é o de que aprendemos que saúde não é brincadeira, e que é o maior bem que nós temos. Por mais que já saibamos isso na teoria, aprender na prática, é diferente. A tendência é que, o mercado fitness, por exemplo, registre um crescimento após esse momento de dificuldade extrema pelo qual passa.

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