Número de infectados pelo coronavírus em cruzeiro em quarentena no Japão chega a 355

O Princess Diamond, uma embarcação turística, é o principal foco do coronavírus fora da China; há cerca de 3.700 pessoas a bordo sem poder sair.

Foto: Athtit Perawongmetha/Reuters

Mais 70 casos de pessoas a bordo de um cruzeiro atracado no Japão foram diagnosticadas neste domingo (16) com Covid-19, o coronavírus. No total, o navio teve 355 casos, de acordo com o ministro da Saúde do país, Katsunobu Kato.

O navio Diamond Princess, de propriedade da Carnival Corp, está em quarentena desde que chegou a Yokohama, uma cidade ao sul de Tóquio, no dia 3 de fevereiro. Um homem que havia desembarcado em Hong Kong foi diagnosticado com a doença.

Há cerca de 3.700 pessoas no cruzeiro, entre passageiros e tripulantes. Fora da China, esse é o principal foco da doença.

Os doentes foram transferidos para hospitais no Japão.

Os passageiros passam a maior parte do tempo trancados nos quartos, e durante uma hora por dia são autorizados a saírem para caminhar e ver a luz do sol.

Yardley Wong, uma passageira documentando a experiência a bordo, publicou em uma rede social um áudio em que é possível ouvir o capitão pedindo a compreensão dos passageiros para deixarem que aqueles que não têm janela no quarto possam ficar mais tempo do lado de fora.

A situação está levando alguns a relatarem sinais de depressão.

"Muitos passageiros agora estão um pouco indiferentes", disse o passageiro britânico David Able em um vídeo publicado em uma rede social. "A depressão está começando a se instalar."

Outro passageiro disse que espera que as garantias sobre a eficácia da quarentena e ventilação a bordo sejam verdadeiras.

Os Estados Unidos, Hong Kong e a Coreia do Sul disseram que vão enviar aviões para o Japão para trazer os seus cidadãos que estão em quarentena no cruzeiro.

A embaixada dos EUA em Tóquio disse em um comunicado no sábado (15) que o voo fretado deverá chegar ao Japão neste domingo (16). No texto, ainda há uma recomendação para que o desembarque seja feito cautelosamente e que haja monitoramento depois da repatriação.

Os passageiros serão obrigados a passar por uma nova quarentena, de 14 dias, depois de chegarem aos EUA. Se eles não quiserem voltar nessa aeronave, não poderão voltar ao seu país “por um período”, de acordo com o texto.

A Coreia do Sul anunciou neste domingo (16) que também vai retirar seus cidadãos do barco. "O governo tem planos para trazer os coreanos para casa, caso o teste para infecção deles seja negativo", disse o ministro de Saúde Park Neung-hoo.

Hong Kong fez um anúncio semelhante.


Informações G1

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