Sobe para três o número de cidades isoladas na China após epidemia de coronavírus

Além de Wuhan, os municípios vizinhos de Huanggang e Ezhou foram isolados pelas autoridades; o governo de Pequim cancelou as festas de Ano Novo por conta da epidemia.

Foto: Kin Cheung/AP

A China suspendeu a circulação de trens em mais duas cidades do país para tentar conter uma epidemia de coronavírus. A medida foi tomada nesta quinta-feira (23) nos municípios de Huanggang, onde vivem 7,5 milhões de habitantes, e em Ezhou, com cerca de 1 milhão de moradores. Antes, o governo chinês já havia adotado medidas para isolar Wuhan. As três cidades fazem parte da província de Hubei.

Em Huanggang a circulação de trens de longa distância que partem ou chegam à cidade foi interrompida. A medida vale até o final desta quinta e poderá estendida pelas autoridades locais. Do outro lado do rio Yangtzé está a cidade de Ezhou, que também amanheceu com a estação central de trens fechada.

O governo da capital chinesa decidiu cancelar as festas populares que estavam previstas para a celebração do Ano Novo chinês que começariam na sexta-feira (25) como medida de proteção diante da epidemia que já deixou 17 mortos no país. Todos os anos, milhares de habitantes de Pequim se espalham por parques e espaços públicos para assistir aos tradicionais bailes do leão e do dragão.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu o primeiro alerta da doença em 31 de dezembro de 2019, depois que as autoridades chinesas notificaram casos de uma misteriosa pneumonia na cidade de Wuhan. Foram, então, adotadas medidas como isolamento de pacientes e realização de exames para identificar a origem da doença.

Além da China, outros 5 países já registraram pacientes afetados pelo vírus, que provoca um tipo de pneumonia: Estados Unidos, Japão, Tailândia, Taiwan e Coreia do Sul

Há ainda casos suspeitos no México, em Hong Kong, nas Filipinas e na Austrália.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) investiga a suspeita de um caso de coronavírus em Belo Horizonte. A paciente é uma mulher, brasileira, de 35 anos, que veio de Xangai, na China.

O Ministério da Saúde, no entanto, disse que, até o momento, não há detecção de nenhum caso suspeito no Brasil de pneumonia "relacionado ao evento na China".

A pasta falou também que "o caso noticiado pela SES-MG não se enquadra na definição de caso suspeito da Organização Mundial da Saúde (OMS)". A SES informou que o caso em questão foi notificado ao órgão como suspeito e que as investigações "precisarão seguir o curso definido até sua conclusão".


Informações G1

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