AGREGARIA EM QUE?

Foto: Divulga��o

A polêmica da semana na cidade é a negociação do Fluminense com o goleiro Bruno (aquele mesmo, do caso Elisa Samúdio) para vestir a camisa do touro do sertão no Campeonato Baiano 2020. Desde que saiu a notícia de que o clube negocia com o jogador, diversas manifestações contrárias à contração surgiram nas redes sociais, com o argumento de que o jogador não respeitaria as mulheres e que não mereceria representar as cores do Fluminense de Feira. Não vou nem entrar no mérito da polêmica quanto ao crime cometido pelo goleiro. O que fico a me questionar na verdade é em que o jogador agregaria se fosse contratado. Bruno fez excelentes temporadas no Flamengo, mas ficou preso por 9 anos e ficou 10 anos sem jogador futebol profissionalmente. Desde que foi solto, não conseguiu sequer jogar pelas equipes em que passou. Na última, ficou 3 meses e jogou apenas 45 minutos. Esportivamente falando, não há justificativa para a contratação. É um risco enorme de dar errado e não dá pra esperar o Bruno de 10 anos atrás. Alguém pode dizer que se trata de uma jogada de marketing do clube. Se essa for a justificativa, também não cola. O Fluminense tem dominado os noticiários por causa dessa negociação, mas a repercussão tem sido demasiadamente negativa. Se a intenção for colocar o time na mídia, muito melhor seria seguir o exemplo do Vitória da Conquista, que também foi notícia ao contratar Nonato (7º maior artilheiro da história do Bahia) e do Atlético de Alagoinhas, que contratou Magno Alves (artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2000, e quarto maior artilheiro do mundo em atividade). Até acho bonito o gesto de dar oportunidade a uma pessoa que está em ressocialização, mas desde que isso seja bom também (e principalmente) para o clube. Não dá pra contratar pensando no bem do jogador. O Fluminense tem que contratar pensando no bem do clube.


Por: Fernando Moreira

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