Jogo contra o Peru define estado de espírito da seleção na Copa América

Foto: Guito Moreto / Ag�ncia O Globo

O Brasil tem contra o Peru a chance de definir como chegará à fase de mata-mata da Copa América. A partida vale mais do que o primeiro lugar do Grupo A. Estará em jogo também em que condições a seleção conseguirá se preparar para o confronto das quartas de final: em paz ou sob modo crise.

O adversário inspira cuidados, traz más recordações. Presente na última Copa do Mundo, é a terceira seleção com trabalho mais duradouro na competição - apenas o Uruguai e a Venezuela possuem técnicos há mais tempo à frente das equipes. Foi o Peru de Ricardo Gareca que eliminou o Brasil ainda na primeira fase da Copa América Centenário, em 2016, e derrubou o técnico Dunga.

Estava no banco e vi como foi. São detalhes que fazem a diferença nos momentos importantes, decisivos. Foi um jogo onde tentanos de tudo e veio o gol de mão deles - afiirmou Marquinhos.

O risco de demissão de Tite e de desclassificação do Brasil depois de hoje, independentemente do resultado, ainda não existe. O que está em jogo é o ambiente do trabalho na Copa América, o apoio ou a desconfiança do torcedor, as convicções ou as dúvidas do treinador para tentar o título em casa. Para o jogo, ele promoverá as entradas de Gabriel Jesus e Everton nos lugares de Richarlison e David Neres, respectivamente. Se o ataque seguir sem convencer, Tite ficará praticamente sem alternativas.

- O processo criativo e a efetividade têm de melhorar. Precisamos transformar a posse em gol, a finalização em gol. Quando não fazemos o gol logo, o jogo fica pesado e sofrido. Essa busca pela criação, pelo jogo efetivo, esses dois fatos associados trazem o resultado - explicou o técnico.

Até o momento, a seleção brasileira jamais perdeu em casa sob a batuta dele. E a primeira vez em que não saiu vencedora em 12 partidas como anfitriã foi justamente diante dos venezuelanos.

De volta a São Paulo e novamente sob os olhares da exigente torcida local, a seleção precisará retomar a confiança dos fãs, abalada depois dos dois primeiros jogos na Copa América. O passeio brasileiro nas Eliminatórias para a Copa elevou o sarrafo. O que o povo espera da equipe de Tite é o mesmo desempenho contra os mesmos rivais. Se não ele vier, a cobrança será forte sobre os jogadores. O técnico já prevê isso e tenta transferir sua popularidade para os que estarão em campo.

- Se eu tiver um pouco do carinho do torcedor, que ele transfira para o jogador jovem. Que ele traga o carinho. Vai contribuir muito para mim, imagine para o atleta - afirmou.




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