Manifestantes relatam sofrimento e descaso relacionado à alagamento de rua no SIM

Nesta terça eles interditaram a Avenida Artêmia Pires buscando providências

Joaquim Neto

Na manhã desta terça (11), moradores cobraram solução da prefeitura para a rua transversal à que liga a Avenida Artêmia Pires à Noide Cerqueira, a Itaciquara, onde existe um buraco constantemente coberto por água empoçada. Na manifestação pneus foram queimados e a Artêmia interditada em frente ao condomínio Bela Vista, no bairro SIM, em Feira de Santana.

Joanice Barbosa fala que do que considera ser descaso da prefeitura com os moradores, uma vez que há anos sofrem nalocalidade. “Tem anos a gente sofrendo, pedindo à Prefeitura para poder dar um jeito e ouvindo a resposta que é obra de milhões e que eles não vão investir esse valor embaixo do chão porque tem que fazer uma rede de drenagem para retirar a água”. 

A altura da água chega a cerca de 1,5 metro e chegou a invadir a casa de dona Joanice e seu vizinho por duas vezes, se repete sempre que chove. "Quando chove às vezes a gente não tem condições de sair de casa, tem que esperar a água baixar e então dar a volta pela rua de cima, porque pela rua principal e a do lado da minha casa ninguém passa", aponta. Ela conta que em março do ano passado a água chegou a alagar o carro do filho e danificar móveis. 

Rogério Magno contou que no ano passado, em uma chuva que durou cerca de 40 minutos, a água invadiu sua casa, circunstância em que perdeu móveis e teve que fazer uma reforma para elevar a casa. "Mesmo assim a situação é tão grave que pode subir até dois metros de altura que a água tá chegando", relatou. "Cada vez que chove a gente tem que ficar orando para que a água não suba na nossa casa", lamenta. 

O morador conta que junto aos vizinhos já vêm procurando os órgãos públicos há alguns anos, inclusive o ex-prefeito José Ronaldo esteve na localidade. "Ele [José Ronaldo] alegou que esta obra seria muito cara para a gente que é pouco voto e uma obra de milhões não valia a pena, porque com o gasto que ele teria aqui faria várias ruas em outros locais com um custo menor. A gente tem pouco voto na opinião deles e a gente vem sofrendo há muito tempo", relatou. 

Ainda segundo Rogério, na rua tem posto de combustíveis que fez drenagem até na esquina. "Poderiamos nos reunir e fazer um pouco mais, uma quadra a mais resolveria, porque com a chegada do posto piorou a situação - ele ampliou a área dele lá e consequentemente a água está vindo para cá", considera. Ele conta que está inviável a passagem de transporte pela rua. "A gente tem que andar mais para pegar o transporte e, para sair de casa, ás vezes tem que tirar os sapatos, molhar os pés, para chegar em um ponto de ônibus. Carro, moto, não passa nada, quem se arrisca a passar está atolando e tomando prejuízo", conta.

Moradores relatam que colocaram pedras para possibilitar a travessia e ainda assim, quando o buraco enche d'água, não dá para passar. "Para eu vim para o trabalho aqui eu tenho que vim lá por cima. Eu digo 'faz vergonha!'. Eu estava na escola e vi o dia que Zé Ronaldo falou que ele mesmo não ia consertar esse buraco e fiquei 'danada de raiva' porque ele nunca fez nada aqui no bairro e ainda falou isso. Eu digo 'misericórdia, um prefeito não pode tapar um buraco com água?!'", comentou uma. 

Além da Rua Itaciquara, eles ainda relataram problemas nas ruas Itapetim e Itapicuru.  Duas viaturas da Polícia Militar estiveram no local para negociar com os moradores a liberação da via. Por volta das 7:30h a pista já estava liberada para a passagem de veículos, mas a pretenção dos moradores é que na próxima segunda-feira voltem a fazer a protestos até que providências sejam tomadas contra a lama, o mato e a água empoçada que reúne sapos, muriçocas, insetos em geral na região e inviabilizam a passagem de transportes e pessoas. 

Assista momento em que um ônibus tenta passar na localidade:


Informações de Joaquim Neto


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