Liberação do piso para agentes de saúde repercute em Feira

Sindicalista disse que houve muito diálogo entre a classe e o governo

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O Congresso Nacional derrubou na última quarta-feira (17), um veto do presidente Michel Temer e, com isso, liberou o piso de R$ 1.550,00 para os agentes comunitários de saúde e de combate a endemias. Os valores repassados para as prefeituras serão de R$1250 em 2019; R$1.400 reais em 2020; R$1.550 em 2021; todos eles virão através do Fundo Nacional com destino para o Fundo Municipal de Saúde, administrado pela própria Secretaria Municipal de Saúde.


Segundo o presidente da Associação dos Agentes de Combates as Endemias, Luiz Claudio Nascimento das Virgens, o veto foi uma grande conquista. “Em relação ao veto, é uma luta de muito tempo. Estamos há quatro anos sem reajuste, porque o governo federal nos deixou estagnado onde foi criado o piso, mas não o indexador, ou seja, não tem um indicador para o aumento do salário da classe”, explica o agente de Combate as Endemias.


Luiz Claudio conta que durante esse tempo, houve muito diálogo entre a classe e o governo. “A luta é árdua, a Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (CONACS) estava lá em Brasília, lutando em busca dessa equiparação salarial, porque nenhuma categoria fica sem reajuste no Brasil e a única que estava, em nível de país, era a nossa”, comenta ele sobre a remuneração mínima atual da categoria é de R$ 1.014,00 e estava congelada desde 2014.


Após a promulgação do presidente do Senado, Eunício Oliveira, acontecerá a votação do orçamento através da Lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO), e a partir de janeiro de 2019, o novo governo cumpre o que determinou o senado, repassando para os municípios o valor do piso de R$1250 reais para o agente. Embora aprovado pelo Senado, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) fez um alerta sobre o risco do enfraquecimento da Estratégia Saúde da Família e afirma que municípios não podem pagar novo piso dos agentes de saúde. 

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