Com público, é loucura

Foto: Divulgação

O futebol carioca foi o primeiro a retomar as atividades, entre os principais centros esportivos do país. A medida, por si só, já é polêmica, dado o elevado número de casos de Coronavírus no estado (no momento, são mais de 111 mil casos registrados, e mais de 9 mil mortes pela doença), mas até dá pra entender a  linha de raciocínio de que o número de novos casos está diminuindo no estado, e de que existe todo um protocolo a ser respeitado, que inclui testes sorológicos realizados em todos os jogadores e comissões técnicas periodicamente, e testes rápidos realizados antes de cada partida, entre outras medidas, como já está sendo feito em alguns países da Europa.

O que não dá pra entender é a decisão da prefeitura do Rio de Janeiro de permitir o acesso do público aos estádios, a partir do dia 10 de julho. A medida já foi publicada no diário oficial do município, e portanto, já terá validade a partir da data anunciada.

Ainda que algumas regras tenham sido anunciadas para a volta do público aos estádios da capital carioca, como venda online de ingressos, distanciamento de 4 metros entre os torcedores nas arquibancadas, e público máximo correspondente a 1/3 da capacidade de cada estádio, a medida beira a loucura. Essas regras não garantem em nada a segurança dos torcedores.

Não há exemplos de casos de sucesso nesse sentido. Em todos os grandes centros do futebol mundial onde os campeonatos já foram retomados, não há presença de público, e acho difícil que isso aconteça ainda esse ano.

Não tem jeito. Enquanto não tivermos uma vacina contra o coronavírus, não teremos vida normal, tampouco futebol “normal”.

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