Brasil fica só no embate com arbitragem polêmica

Pintura de Coutinho e gol polêmico da Suíça: Brasil apenas empata na estreia da Copa

Foto: Reuters

RESUMÃO

  • O Jogo
Não foi com 0 a 0, mas Brasil e Suíça, duas das melhores defesas classificadas à Copa do Mundo, empataram na estreia, em Rostov: 1 a 1. Em um duelo de poucas chances, sobretudo no primeiro tempo, o placar só foi aberto neste domingo graças a um chutaço de fora da área de Coutinho. E voltou a mudar uma única vez, no começo da etapa final, em jogada de bola parada. Zuber aproveitou cobrança de escanteio – e um empurrão em Miranda – para saltar livre e cabecear à rede. A equipe de Tite pressionou nos minutos finais em busca da vitória, mas não conseguiu o segundo gol.

Primeiro tempo

A primeira finalização com algum perigo ao gol foi da Suíça, aos três minutos. Mas a primeira e última do time europeu. Depois que Dzemaili recebeu de direita e chutou de primeira, por cima, Alisson trabalhou mais com os pés, na saída de bola, do que com as mãos. O Brasil, apesar de conseguir sair da marcação e fazer a transição ao ataque, também não teve muitas chances perto de Sommer – um chute de Paulinho no começo e um cabeceio de Thiago Silva para fora nos minutos finais. Foi de longe da área que a equipe de Tite abriu o placar: aos 19 minutos, Coutinho, ao seu melhor estilo, cortou para o meio e bateu no ângulo direito. Golaço.

Segundo tempo

A vantagem brasileira durou quatro minutos depois do intervalo. Numa cobrança de escanteio, Zuber saltou, depois de empurrar Miranda pelas costas, e cabeceou a bola para a rede. Ele já tinha dado trabalho a Danilo ao longo da primeira etapa. Tite não demorou muito a mexer. A primeira alteração foi a entrada de Fernandinho no lugar de Casemiro, que estava pendurado. Renato Augusto substituiu Paulinho, e Gabriel Jesus foi trocado por Firmino. O Brasil partiu em busca do segundo gol. Até assustou em cabeceio de Thiago Silva e chutes de Neymar, Fernandinho e Renato Augusto, mas não conseguiu nada além de oferecer espaços à Suíça, que também não soube aproveitá-los.

Sem VAR

Assim que o árbitro confirmou o gol suíço, Miranda foi até ele, levou a mão a boca e timidamente reclamou de um empurrão. Mas a timidez desapareceu assim que o telão do estádio mostrou o replay do lance. Os outros jogadores reforçaram o coro, mas o mexicano César Ramos não deu ouvidos. Assim foi também quando Gabriel Jesus se queixou de um suposto pênalti não marcado.

Coutinho

Escalado da forma que Tite mais gosta – por dentro, e não aberto pela ponta esquerda, faixa do campo em que chegou a atuar na ausência de Neymar –, o meia fez seu 11º gol em 37 jogos com a camisa verde-amarela.

Como parar Neymar?

Em entrevista na véspera da partida, Lichtsteiner admitiu que é praticamente impossível neutralizar o camisa 10 totalmente em 90 minutos. O capitão suíço tinha razão, tanto que ele e dois colegas seus (Schaer e Behrami) receberam cartão por terem que pará-lo com faltas. Mas o brasileiro, que adotou visual chamativo, também foi bem marcado, sim, e não teve vida fácil. Foram 10 faltas nele ao longo dos 90 minutos.

Classificação e próximo jogo

Como a Sérvia venceu a Costa Rica mais cedo, o empate entre Brasil e Suíça faz com que as duas equipes dividam a segunda colocação, com um ponto cada. Na sexta-feira, às 9 horas (de Brasília), os adversários da Seleção na segunda rodada serão os costarriquenhos, em São Petersburgo.

Público

Ao todo, 43.109 pessoas viram o jogo na arena de Rostov.

Destaque

Autor do gol brasileiro, Coutinho foi eleito o destaque da partida. A escolha foi feita em votação da Fifa aberta ao público.

Queda de tabu

A Seleção viu cair uma senhora sequência com o empate. Desde 1978, quando ficou no 1 a 1 com a Suécia, não começava um Mundial com tropeço. Foram nove vitórias seguidas em estreias de Copas. A última derrota faz ainda mais tempo: 82 anos. Foi em 1934, no revés por 3 a 1 diante da Espanha. Ao todo, a Seleção acumula 16 vitórias, três empates e duas derrotas.

Fonte: G1

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