Greve dos caminhoneiros afeta distribuição de alimentos em Feira

O presidente da Associação dos Caminhoneiros alerta que a população deve abastecer suas dispensas para que não haja maiores prejuízos com a escassez de alimentos.

Foto: Joaquim Neto

A greve dos caminhoneiros já afeta a distribuição dos alimentos na cidade de Feira de Santana. Nesta quinta-feira, boxes do Centro de Abastecimento já começavam faltar algumas mercadorias. Entre os produtos que já apresentam baixa estão: tomate, limão, laranja, cebola, entre outras verduras e legumes. Dos caminhões que abastecem o local diariamente, os motoristas não tem previsão para voltarem a rotina de trabalho.

A redução no abastecimento reflete na alta dos preços, que subiu cerca de 30%. “Não tem nada no estoque, o que restou já está mais caro. O estoque atual só dá para atender a população nos próximos dois dias. Se a greve não passar, não terá mercadoria para atender os clientes. Se a gasolina não baixar e preço, não vai ter mercadoria na praça”, afirma Samuel ‘da verdura’, dono de um boxe no entreposto.

“Estou levando o básico para casa para não poder ficar sem o alimento. Mesmo assim, eu apoio a greve para resolver a questão dos preços abusivos nos postos de combustíveis. E se for preciso, eu andarei de ônibus ou à pé”, lamenta um consumidor feirense.

O presidente da Associação dos Caminhoneiros alerta que a população deve abastecer suas dispensas para que não haja maiores prejuízos com a escassez de alimentos, uma vez que a categoria não tem data prevista para encerrar os protestos.

Antes de viajar para Porto Real (RJ) e Belo Horizonte (MG), o presidente Michel Temer coordenou na manhã de hoje (24), no Palácio do Planalto, uma reunião que discutiu o impasse em torno dos preços dos combustíveis. A conversa ocorreu um dia seguinte ao anúncio da Petrobras de redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 15 dias.

Participaram da reunião os ministros Eduardo Guardia (Fazenda), Moreira Franco (Minas e Energia), Valter Casemiro (Transportes, Portos e Aviação), o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.

  Informações do repórter Joaquim Neto

PMFS - Micareta 05

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