Discurso de que aeroporto de Feira deve ser para cargas, desconsidera importância estratégica da cidade
Se o prefeito José Ronaldo tivesse ouvido
os nossos apelos desde o seu primeiro governo, Feira de Santana não
estaria hoje lamentando a falta de um aeroporto decente e compatível com o
desenvolvimento deste município. Sempre que abordamos o assunto com o
prefeito ele nos dizia: "O aeroporto não é nossa prioridade porque é muito
próximo do aeroporto de Salvador". Na época Ronaldo tinha o governador
Paulo Souto como seu grande aliado e tudo que Ronaldo desejasse Pulo Souto
atendia sem pestanejar.
Ronaldo perdeu a oportunidade de oferecer à cidade um equipamento que só traz progresso, levanta a auto-estima do seu povo, é estratégico e indispensável a qualquer grande cidade. O governador Rui Costa por sua vez usa o velho mantra: "vou modernizar o aeroporto, mas ele servirá para cargas". Na política é tudo igual. Quando não tem interesse em algo, inventam mil desculpas. Hoje todo o país viaja de avião. As classes médias menos favorecidas que antes só viajavam de ônibus, hoje estão viajando de avião.
Salvador é fim de linha e Feira é entreposto
estratégico do nordeste. De quase todos os municípios da Bahia as pessoas têm
que passar por Feira para ir à Salvador, que é fim de linha. Se Feira tiver um
aeroporto decente e variedade de destinos é "Salvador quem chimba" porque perderá uma grande fatia dos passageiros de Feira de
Santana e demais municípios do estado, pois o aeroporto da
capital ficará limitada aos municípios da região metropolitana.
Das demais cidades ninguém será idiota para percorrer mais cem quilômetros se tiver um aeroporto mais perto, eficiente e com vôos para os destinos que de interessem aos passageiros. O problema é que Salvador perderá uma grande fatia para Feira de Santana. Este é o problema e parece que o prefeito José Ronaldo na época não se despertou o futuro que hoje é realidade.
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