Apesar de queda maior na Selic, juros cobrados de consumidores sobem

De 13 categorias de crédito ao consumidor acompanhadas pelo BC, somente três tiveram redução na comparação com dezembro

A despeito do corte mais agressivo da taxa básica de juros da economia, a Selic, em janeiro, as taxas de juros cobradas de consumidores e empresas subiram no mês passado, informou nesta quinta-feira (23) o Banco Central. As novas concessões de crédito caíram.



A taxa média cobrada de consumidores com recursos livres (que não incluem financiamentos imobiliários e empréstimos do BNDES) foi de 72,7% ao ano em janeiro, um crescimento de 1 ponto percentual na comparação com dezembro.

Os juros para empresas, também no caso de recursos livres, também cresceram 1 ponto percentual, de 27,8% ao ano para 28,8% ao ano.

O spread (diferença entre o que as instituições financeiras pagam para captar recursos e o que cobram de consumidores e empresas) dessas operações com recursos livres subiu de 39,7 pontos percentuais para 41,7 pontos percentuais, ou seja, dois pontos percentuais.

No caso de consumidores, essa diferença cresceu de 59,5 pontos para 61,2 pontos percentuais; para empresas, de 16,4 pontos percentuais para 18,2 pontos. A inadimplência, um dos fatores que compõe o spread, permaneceu estável em 5,7%.

PARCELADO

De 13 categorias de crédito ao consumidor acompanhadas pelo BC, somente três tiveram redução na comparação com dezembro.

Os juros do cartão de crédito rotativo, modalidade que foi alvo de uma medida do BC que passará a valer em abril, voltaram a bater recorde, atingindo 486,8% ao ano.

O maior salto dos juros entre as categorias de crédito ao consumidor foi o do cartão parcelado, que subiram de 153,8% ao ano para 161,9% ao ano, um aumento de 8,1 pontos percentuais.

Os consumidores que tiverem que sair do rotativo por causa da nova regra do BC serão direcionados para essa modalidade.

CONCESSÕES EM QUEDA

As novas concessões de crédito com recursos livres para empresas tiveram uma redução de 23,5% na comparação com dezembro. Em relação a janeiro de 2016, a redução foi de 5,6%.

No caso dos novos empréstimos para consumidores, houve uma redução de 3,7% em relação a dezembro e um crescimento de 10,1% na comparação com o primeiro mês do ano passado. Com informações da Folhapress. 

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